A fotografia acabou levando Medina a trabalhar em rádio, onde atuou por quase 30 anos.
Medina trabalhou em diversas emissoras, tais como a rádio “PRH9 – Rádio Bandeirante”, “PRK9 – Rádio Difusora”, PRB6 – Rádio Cruzeiro do Sul”, “PRE4 – Rádio Cultura”, além das rádios Record, Tupi e Nacional (hoje Globo).
Medina principiou sua participação no rádio com a criação do primeiro programa da história brasileira sobre fotografia. Era inicialmente um programa infantil, que incluía incursões fotográficas pela cidade e explicações práticas sobre revelação e ampliação, em um pequeno laboratório na emissora, ocasião em que as crianças podiam trabalhar suas próprias fotos. O sucesso foi grande e Medina passou então a fazer um novo programa diário sobre fotografia, para adultos, chamado “Instantâneos no Ar”, com a participação de seu filho Fabiano Medina Netto. Neste programa, orientava os ouvintes, discorria sobre as novidades, organizava saídas fotográficas com o público adulto, e promovia concursos.
Em julho de 1946, Medina enviou ao Foto-Cine Clube Bandeirante um álbum contendo as fotografias premiadas e contempladas com menção honrosa nos concursos do programa “Instantâneos no Ar”, durante o ano de 1939. Este material está atualmente nos arquivos do FCCB, aguardando verba para restauro e preservação adequada.
O rádio o conquistou e Medina emprestou sua experiência para a criação de “radiatros” (radionovelas), na década de 1940, época em que o gênero era o sucesso das grandes massas. Neste período, nos Estados Unidos se desenvolveu a “soap opera” e veio de Cuba o modelo de sucesso no Brasil, o radiatro. Era como se o teatro entrasse nesta linguagem radiofônica. Medina escreveu, dirigiu e atuou em mais de 170 radionovelas.
Com seu espírito inovador, Medina além de dirigir e produzir os programas, interpretava e ensaiava os atores.
Além do lado artístico, Medina também emprestava às emissoras seu talento administrativo, trabalhando com diretor comercial, de compras, de recursos humanos.
Medina trabalhou ainda fazendo tradução e adaptação de peças policiais do italiano Paulo Levi, como por exemplo, “O método do detetive Righi” (1950), na Rádio Cultura.
Somava-se ainda a seu trabalho como radialista, a criação de campanhas publicitárias para seus anunciantes, dramatizando situações do dia a dia para melhor vender o produto.
Amei, estou orgulhosa de conhecer a história do meu tataravô.
Isabela Pasqualin Kaliks (tataraneta)
Conheci Jose Medina, já velhinho, na casa de sua filha e genro Aracele e Roberto Pasqualin e convivi muito tempo com seu filho Fabiano Medina Neto e sua nora Wanda Medina.
Tenho saudade destas pessoas!